Construção civil: Mercado saturado? Saiba a verdade

Muito se especula sobre o mercado de construção civil. Será que está saturado? Você estudaria em média 5 anos para ficar desempregado(a)? Confira as respostas abaixo.   

Será que o ramo de construção civil está saturado? Confira mais o artigo e entenda melhor 

Certamente um estudante ou até mesmo profissional da área da construção civil se questiona sobre valer a pena passar pôr tanto estresse e investimento de tempo (e às vezes até de dinheiro) em uma faculdade para se especializar em um ramo que possui altas chances de não te empregar.

Embora essas pessoas às vezes possam pensar que o investimento se tornou prejuízo, na verdade elas poderiam procurar entender o que está acontecendo com o mercado.

Mas por que alguém poderia se especializar em uma área para não ser contratado depois? A saturação é uma ótima resposta para esta pergunta.

O que caracteriza uma saturação na construção civil?

Todo o mercado pode passar por uma saturação. Alguns exemplos de áreas que passaram por saturações foram os ramos de administração de empresas e dos profissionais de direito.

Para entender mais sobre este fenômeno, é importante entender mais sobre sua definição e como ele ocorre.

Definição e detalhes de uma saturação

A saturação pode ser entendida basicamente como uma fórmula. Confira abaixo:

Saturação = quantidade de oportunidades no mercado x quantidade de profissionais se formando a cada ano

Se o aumento no número de profissionais está mais acelerado que o crescimento da quantidade de oportunidades oferecidas, isso classifica um ramo, como por exemplo o da construção civil, um mercado saturado.

Afinal o mercado está mesmo saturado? A resposta para esta pergunta depende de dois fatores:

  1. Profissional funcionário: Profissional que escolhe trabalhar em uma construtora ou empresa de engenharia como um funcionário contratado – esse ramo está SUPER SATURADO! Sem networking e indicação, a concorrência é altíssima. Uma saída para esta situação é atuar como autônomo e não depender de empresas, prestando serviço como pessoa jurídica (PJ) e apostar no empreendedorismo.
  2. Profissional que já empreende: Depende de qual categoria dos clientes que você escolhe. Dependerá também dos fatores considerados abaixo:
  • Clientes que precisam do seu serviço e estão procurando gente para contratar – mercado saturado, com desvalorização da profissão através de descontos. Este tipo de cenário é conhecido como oceano vermelho, onde os concorrentes “sangram” através da briga para fechar clientes, reduzindo cada vez mais suas margens de lucro;
  • Clientes que sabem que precisam do serviço, contudo procrastinam a contratação – Estes clientes em potencial não dão muita prioridade para sua contratação ainda. Mas podem ser estimulados a contratar os seus serviços;
  • Clientes que precisam do serviço, mas não conhecem a existência e a necessidade do serviçoOceano azul. Pode ser considerado um mar de oportunidades através da educação do cliente e início de uma jornada de compra.

Educar o público é a chave para um profissional que empreende.

Como um profissional do ramo da construção civil se diversifica no mercado de trabalho

Muitas das vezes um incentivo governamental para suprir demandas artificiais, estimuladas pelo próprio governo podem provavelmente causar um desequilíbrio na relação entre saturação e a quantidade de profissionais se formando a cada ano.

Um exemplo clássico foi o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), localizado em Itaboraí. Vários profissionais e futuros profissionais de diversos ramos, incluindo o de construção civil, foram incentivados a se mudar para a área.

Escândalos de corrupção na Petrobrás na época causaram uma série de eventos desastrosos com a interrupção da construção do COMPERJ.

Houveram desastres sociais como suicídios, crescimento do desemprego, fechamento de lojas e aumento da violência quando as construções do complexo foram interrompidas.

Este é o lado ruim da formação em uma profissão que possui muitas vezes uma demanda artificial – Estar sujeito a uma saturação de mercado. Mas há um lado positivo! 

Construção civil: Confira as oportunidades de negócio 

E qual é o lado bom da história?

O ramo da engenharia traz uma visão multiprofissional, devido aos conhecimentos em cálculos e lógica. Isso traz para o profissional uma característica de versatilidade alta.

Qualquer aspecto de trabalho que dependa de uma visão analítica, existe a possibilidade de um engenheiro ser relevante. Além de existirem demandas reais.

Veja por exemplo os dados. Informações são o novo petróleo. As maiores empresas do mundo atualmente são empresas de dados. Um engenheiro possui uma ótima formação para interpretação e análise de informações.

Business Inteligence (BI) e Big Data (estruturação de dados) são dois dos vários exemplos onde há um oceano enorme de oportunidades estimuladas não por um governo, mas sim por um crescimento econômico e desenvolvimento da tecnologia.

É uma demanda natural para profissionais com perfis analíticos como engenheiros. Oferta e demanda pura.

Porém, alguns requisitos para esse profissional se diferenciar estão justamente na capacidade de um engenheiro entender sobre negócios. Isso infelizmente não é algo muito presente em um ambiente de formação acadêmico.

Entendendo sobre business, ferramentas de edição e construção de plantas em 2D, 3D, sistemas de impressoras tridimensionais ou até mesmo métricas de marketing, você poderá se diferenciar e fazer parte de uma grande empresa ou até mesmo estruturar um negócio de sucesso.

A chave do profissional bacharel ou técnico de construção civil está na reinvenção profissional e flexibilização do seu próprio caminho.

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