Desequilíbrio hormonal, o que a testosterona alta pode fazer com o organismo feminino?

Espinhas e Síndrome dos Ovários Policísticos estão entre as consequências do problema. Conheça as causas e saiba como tratar e prevenir

Embora a testosterona seja até sinônimo de masculinidade e muita gente ache que só os homens têm esse hormônio, ele também está presente no organismo das mulheres, só que é em menor quantidade. Isso é normal e saudável, mas podem ocorrer desequilíbrios – e eles resultam em diversos transtornos.

Um dos problemas mais comuns causados pelo excesso de testosterona, por exemplo, é o aumento da oleosidade na pele que, por sua vez, favorece o aparecimento de cravos e espinhas. Nesses casos, além de procurar tratamento para estabilizar os níveis do hormônio, um bom skincare pode ajudar.

No entanto, há diversos outros sintomas, uns mais leves e uns mais graves, e é importante identificar o desequilíbrio precocemente, pois isso ajuda no sucesso do tratamento. Nesse texto vamos te explicar tudo sobre o assunto; continue lendo para tirar todas as suas dúvidas.

Nem demais, nem de menos

Nas mulheres, é comum que ocorra certa alteração hormonal durante o ciclo menstrual, inclusive nos níveis de testosterona. Mas, o normal é que essas alterações aconteçam apenas até certo ponto. 

Caso contrário, podem surgir sintomas, que são sinais que o seu corpo te envia para mostrar que algo pode não estar bem e que você precisa olhar para esse desequilíbrio o quanto antes.

Os problemas podem ocorrer tanto quando o hormônio está presente em excesso quanto quando ele está escasso. A falta de testosterona pode causar cansaço, ansiedade e falta de apetite sexual, além de favorecer o sobrepeso, entre outros problemas. A seguir, vamos focar, principalmente, na alta.

Além de problemas de pele, o excesso de testosterona pode ser percebido em vários sintomas. Veja alguns dos principais:

  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • alterações no ciclo menstrual ou ausência de menstruação;
  • excesso de pelos;
  • acentuação dos traços masculinos;
  • aumento do clítoris;
  • voz mais grave;
  • diminuição na mama;
  • queda de cabelo.

Em casos mais graves, quando a testosterona alta não é controlada, ela pode causar até mesmo infertilidade ou câncer nos ovários.

Algumas mulheres podem relatar ainda sintomas positivos com um leve aumento da testosterona, como mais libido e menor predisposição para engordar. Se for de leve, tudo bem, mas se essas “vantagens” vierem acompanhadas de alguns sintomas da lista acima, melhor procurar ajuda.

Diagnóstico e tratamento

Ao desconfiar de que a sua testosterona está alta, você deve procurar um endocrinologista. O médico deve pedir um exame que mede a quantidade de testosterona no organismo e interpretar o resultado levando em conta variáveis como idade e período do ciclo menstrual.

Se o resultado realmente der alterado, o médico vai investigar as causas do problema, que podem ser desde estresse até suspeitas de tumor no ovário. Um tratamento definitivo precisa atacar essa causa, ou seja, combater o problema pela raiz.

Dependendo da suspeita, pode ser necessário consultar também um ginecologista, que vai auxiliar o endocrinologista no tratamento. Isso é muito comum quando a causa do problema tem a ver ou afeta diretamente o funcionamento dos ovários.

Em geral, suplementação de hormônios femininos, como o estrogênio, ajudam a equilibrar os níveis hormonais na mulher. As pílulas anticoncepcionais costumam ser a indicação na maioria dos casos.

No entanto, mudanças na alimentação, como a diminuição do consumo de carboidratos, também podem ajudar a controlar os hormônios. A prática regular de exercícios físicos é outra indicação e pode ajudar até a diminuir o estresse e a ansiedade, causas comuns do desequilíbrio.

Enquanto a produção hormonal não é regulada, cosméticos e medicamentos para ajudar a regular a produção de sebo (que o desequilíbrio costuma afetar) também podem ser indicados pelo próprio endocrinologista. Mas você também pode buscar por esses produtos em marcas da sua confiança.

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