Qual é a melhor opção para a transferência de embriões, frescos ou congelados?

No tratamento de reprodução assistida, uma das últimas etapas englobam a transferência de embriões dentro do útero a fim de finalizar o processo de fecundação.

Vários passos antecedem essa importante fase que finda os procedimentos de fertilização de casais com problemas para engravidar. Caso a gestação não se concretize, inicia-se uma nova tentativa.

Reprodução humana

Problemas para engravidar são solucionados com técnicas de reprodução humana, na qual o casal faz exames para identificar as causas da infertilidade e o especialista aponta caminhos para alcançar a procriação.

Ao optar pela reprodução assistida, algumas alternativas são adotadas. Uma delas é a inseminação artificial, iniciada com a coleta de material genético masculino para a implantação de espermatozoides diretamente no útero.

Outra opção de tratamento para infertilidade é fertilização in vitro, na qual o embrião é gerado em laboratório. Em seguida, seleciona-se os de melhores qualidades para, então, fixá-los no endométrio, a parte interna do útero.

O que é a transferência de embriões?

Depois de estimular a ovulação, colher óvulos e espermatozoides, provocar seu desenvolvimento embrionário, ocorre a transferência de embriões como última etapa da fertilização in vitro.

Para que ocorra a estimulação de ovulação, a mulher recebe uma grande carga de hormônios, diminuindo a espessura do endométrio e placenta.

As etapas da transferência de embriões exigem alguns cuidados:

  • Acontece uns dois dias após a coleta do óvulo;
  • A bexiga cheia favorece a implantação do cateter com o embrião;
  • Congela-se os embriões de boa qualidade que excedem o número dos que serão transferidos para tentativas futuras;
  • Deve-se fazer repouso de 48 horas para ajudar na fixação uterina;
  • O teste para verificação de uma possível gravidez ocorre depois de 15 dias da transferência de embriões.

Se a gestação não for concretizada, pode-se tentar novamente com os embriões resultantes da primeira coleta, que foram congelados. Tanto o uso de embriões frescos, como os congelados apresentam ótimas taxas de gravidez.

Criopreservação ou embriões “frescos”?

Ambas as formas de fazer a transferência de embriões atingem bons resultados em tratamentos de reprodução assistida, então fica a dúvida de qual embrião usar: o congelado ou o “fresco”.

Para entender bem porque a transferência de embriões congelados é a melhor alternativa, deve-se retomar os procedimentos de cada uma delas. A implantação de embriões “frescos” ocorre dias após sua coleta, momento em que ainda há uma sobrecarga de hormônios na mulher por conta da estimulação ovariana.

Esse excesso de hormônio pode atrapalhar a fixação no endométrio, pois sua parede fica mais fina, podendo desencadear um aborto espontâneo do embrião implantado.

Na criopreservação, os embriões não utilizados na primeira tentativa são refrigerados a 196ºC negativos em nitrogênio líquido, preservando o material genético sem danos para uma futura transferência de embriões, mesmo que seja realizada após anos.

Ou seja, na implantação de embriões congelados, o corpo da mulher não precisou passar pela estimulação ovariana, encontrando-se, portanto, em condições mais adequadas para receber a transferência de embriões.

Assim, a conservação por vitrificação de embriões possibilita ao casal a concretização da gravidez, mesmo depois de anos da fecundação do óvulo, sem oferecer perda de qualidade para o material genético.

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