Crianças com menos de 5 anos começam a morrer menos no Brasil; entenda

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório que traz uma excelente notícia para o mundo: o número de crianças que morreram antes de completar cinco anos de idade atingiu um mínimo histórico, caindo para 4,9 milhões em 2022. Esse documento, divulgado pelo Grupo Interagências das Nações Unidas para a Estimativa da Mortalidade Infantil (UN IGME), revela uma queda significativa na taxa global de mortalidade de menores de cinco anos, que diminuiu 51% desde o ano 2000.

Veja o motivo pelo qual crianças passaram a morrer menos no Brasil.
Crianças (Pixabay/Reprodução)

Queda expressiva da mortalidade de crianças no Brasil

Uma das boas notícias é que, no Brasil, essa queda foi ainda mais acentuada. Em 2000, o país registrava 35 mortes de menores de cinco anos a cada mil crianças nascidas vivas, mas em 2022, esse número caiu para 14, representando uma redução de 60%. Além disso, quando analisamos o recorte por gênero, observamos que a taxa de mortalidade é maior entre os meninos. No entanto, houve uma queda expressiva nesse número, com reduções de 76,81% entre os meninos e 78,95% entre as meninas.

O relatório também destaca os progressos alcançados por outros países, como o Camboja, o Malawi, a Mongólia e o Ruanda, que reduziram a mortalidade de menores de cinco anos em mais de 75% desde 2000. Esses avanços são resultado do trabalho árduo de parteiras, profissionais de saúde e comunidades inteiras, que se dedicam a garantir um futuro mais saudável para as crianças.

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Alerta para os desafios remanescentes

Apesar dos números animadores, a ONU alerta que ainda há um longo caminho a percorrer para evitar todas as mortes de crianças e jovens. Além dos 4,9 milhões de vidas perdidas antes dos cinco anos de idade, outras 2,1 milhões de crianças e jovens com idades entre os 5 e os 24 anos também tiveram suas vidas interrompidas. A maioria dessas mortes ocorre na África Subsaariana e no Sul da Ásia, e está relacionada a causas evitáveis ou tratáveis, como parto prematuro, complicações no momento do parto e doenças como pneumonia, diarreia e malária.

Para enfrentar esses desafios, é fundamental que os países invistam em cuidados de saúde primários de alta qualidade, incluindo intervenções essenciais e de baixo custo, como vacinação, assistência ao parto, apoio à amamentação e diagnóstico precoce de doenças infantis. Além disso, é necessário garantir o acesso igualitário a esses serviços, independentemente do local de nascimento da criança.

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Investimentos em educação, emprego e condições dignas de trabalho

Para melhorar os serviços de saúde, também é crucial investir em educação, emprego e condições de trabalho dignas para os profissionais da saúde. Estudos mostram que intervenções comunitárias de sobrevivência infantil podem reduzir significativamente as mortes infantis nos países mais vulneráveis, destacando a importância de políticas que promovam a equidade e o acesso universal aos cuidados de saúde.

Embora os avanços na redução da mortalidade infantil sejam motivo de comemoração, é fundamental reconhecer que ainda há muito a ser feito para garantir que todas as crianças tenham a chance de crescer saudáveis e seguras. Investimentos contínuos em saúde, educação e igualdade são essenciais para alcançar esse objetivo e garantir um futuro melhor para as gerações futuras.

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