Oportunidade ou MISOGINIA? Menos de 20% dos trabalhos de tecnologia são de mulheres

De acordo com uma pesquisa denominada Woman in Technology, no máximo 20% dos trabalhos de tecnologia no mercado brasileiro têm suas vagas ocupadas por mulheres, enquanto que, na América Latina como um todo, o público feminino ocupa menos de 30% dos cargos em questão.

Esta pesquisa, que foi feita no ano de 2021 pela Michael Page, uma empresa especializada em recrutamento, revela a baixa taxa (26%) das empresas latino-americanas que têm programas de atração e de retenção de talentos femininos.

Porém, devido à importância deste tema, já existem muitas outras empresas que lidam com a tecnologia diariamente e estão buscando colocar cada vez mais mulheres nas posições de liderança.

Inclusive, de acordo com Manoela Osório, Diretora de Comunicação e Cultura Organização da famosa empresa Oi, este tipo de mudança tem caráter urgente.

Oportunidade ou MISOGINIA Menos de 20% dos trabalhos de tecnologia são de mulheres
O número de mulheres nos trabalhos de tecnologia está longe do ideal | Imagem: Christina @ wocintechchat.com / unsplash.com

A importância que a educação tem nesse cenário envolvendo os trabalhos de tecnologia

Outra pesquisa, feita pela Unesco, mostra que essa diferença pode ser reparada por meio da educação, uma vez que apenas 44% das pessoas que estudam algo que pode inseri-las nos trabalhos de tecnologia são mulheres.

E, como afirmado por Manoela, é imprescindível que quem queira trabalhar em áreas que sejam voltadas para a tecnologia de alguma forma busque se interessar e estudar o máximo que puder.

Já a estratégia da Oi dentro desse cenário é representada pelo Programa de Aceleração de Lideranças Femininas, que já apresentou seus primeiros resultados expressivos: em 2020 a empresa contava com 28% de representatividade feminina ocupando posições executivas, enquanto que em 2023 essa porcentagem subiu para 34%.

Atualmente, o core business da Oi tem, em média, 36% de mulheres, sendo que boa parte da presença desse público feminino está nos níveis de aprendizes e estagiárias.

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O Censo usado como principal ferramenta de análise

O Censo de Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento (DIEP) é nada menos que uma ferramenta usada pela Oi, tendo como base algumas ações como Grupos Focais, Entrevistas em Profundidade e outras atividades.

E os resultados da análise realizada este ano mostraram que, de modo geral, a empresa está ocupando um nível médio, no que diz respeito à inclusão e à diversidade, com base nas respostas obtidas junto aos próprios colaboradores, considerando dados como idade e gênero, por exemplo.

Por fim, vale lembrar que a contribuição das mulheres para o desenvolvimento da tecnologia é de fato histórica, sendo todo o processo marcado por nomes como o da Karen Jones, que criou mecanismos de busca baseados na internet, e como o da Ada Byron King, que simplesmente criou o primeiro algoritmo para uso em computadores.

São mulheres que definitivamente alteraram o rumo de toda a indústria tecnológica, em todo o mundo.

Porém, atualmente o cenário dos trabalhos de tecnologia para o público feminino é muito diferente, no que diz respeito às oportunidades disponibilizadas. O desafio, portanto, está em continuar a transformar o mercado, de modo a deixá-lo mais igual para todos.

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