Neste país, a licença maternidade pode chegar a 2 anos; veja onde

Fernanda Cristina Pires Tangoda, 28 anos, natural de Matão, interior de São Paulo, embarcou em uma jornada de busca por uma melhor qualidade de vida ao lado do marido, Leo, rumo a Izumo, no Japão, em junho de 2022. O que o casal não esperava era que, apenas três meses após a mudança, receberiam a notícia da gravidez de Fernanda. Desde então, ela tem compartilhado sua experiência de viver em um país com uma cultura tão diferente da brasileira, principalmente ao criar seus filhos.

Este país concede uma licença maternidade bastante longa.
Maternidade (Pixabay/Reprodução)

Desafios da mudança para o Japão

A decisão de deixar o Brasil e recomeçar no Japão não foi fácil para Fernanda e Leo. Leo, descendente de japoneses, já tinha o desejo de retornar ao país onde nasceu. Porém, para Fernanda, a adaptação foi mais desafiadora, especialmente em relação ao processo de obtenção do visto de residência. Ela teve que comprovar seu relacionamento com Leo por meio de cartas de namoro e fotos em família, enfrentando burocracias para garantir sua permanência no país.

Além disso, a adaptação à cultura japonesa também foi um desafio. Fernanda teve que se acostumar com novos costumes, tradições e até mesmo com a culinária local. A barreira do idioma foi outro obstáculo a ser superado, já que ela não falava japonês quando chegou ao país. No entanto, com determinação e esforço, ela conseguiu se integrar à comunidade local e superar essas dificuldades iniciais.

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Maternidade e parto em meio a uma cultura diferente

Fernanda compartilhou com a revista CRESCER detalhes sobre sua gestação e o parto de seu primeiro filho, Benjamin. Apesar das preocupações iniciais com a maternidade por não falar japonês e enfrentar a pandemia, ela foi surpreendida com o apoio e o cuidado recebidos durante esse período. A gestação foi tranquila, com adaptações em seu trabalho na fábrica para garantir seu conforto e bem-estar.

Durante o parto, Fernanda teve que lidar com a ansiedade de não entender completamente o que os médicos e enfermeiros diziam devido à barreira do idioma. No entanto, ela elogiou a equipe médica pela atenção e cuidado durante o procedimento. Apesar das diferenças em relação aos procedimentos médicos brasileiros, Fernanda se sentiu segura e bem cuidada durante todo o processo.

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Licença-maternidade e suporte do sistema de saúde japonês

No Japão, Fernanda teve acesso a benefícios específicos para gestantes, incluindo assistência médica durante a gravidez e no parto. O sistema de saúde japonês ofereceu suporte e acompanhamento desde o pré-natal até os cuidados pós-parto. Fernanda destacou os benefícios do sistema, que incluem a isenção de parte dos custos hospitalares e auxílios financeiros para mães.

A licença-maternidade estendida permitiu que Fernanda e Leo se dedicasse aos cuidados de Benjamin nos primeiros meses de vida. Além disso, eles receberam orientações e suporte do sistema de saúde japonês sobre os cuidados com o recém-nascido, o que contribuiu para que se sentissem mais seguros e preparados para essa nova fase da vida.

Desafios da comunicação e adaptação à cultura japonesa

Apesar das facilidades oferecidas pelo sistema de saúde, Fernanda enfrentou desafios de comunicação devido à barreira do idioma. Ela teve que recorrer a tradutores para entender os procedimentos médicos relacionados à maternidade e se comunicar com profissionais de saúde. Além disso, a experiência do parto foi diferente do que estava acostumada no Brasil, com protocolos e cuidados específicos adotados pelo sistema de saúde japonês.

A adaptação à cultura japonesa também envolveu aprender a lidar com as diferenças culturais no dia a dia. Fernanda teve que se acostumar com novos hábitos e costumes, além de aprender a se comunicar de forma eficaz com os japoneses. No entanto, ela destacou a receptividade e a gentileza do povo japonês, que a ajudaram a se sentir mais acolhida e integrada à comunidade local.

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Cotidiano e rede de apoio no Japão

Fernanda compartilhou detalhes sobre sua rotina e a rede de apoio que encontrou no Japão para facilitar a maternidade. Apesar de estar longe da família e dos amigos, ela contou com o suporte de sua sogra, sogro e cunhada, que moram no país. A licença-maternidade estendida e os benefícios oferecidos pelo sistema japonês permitiram que Fernanda e Leo se dedicassem aos cuidados de Benjamin e agora do segundo filho.

Além disso, Fernanda ressaltou a importância de contar com o apoio da comunidade brasileira no Japão. Ela participa de grupos e eventos voltados para os brasileiros que vivem no país, o que tem sido uma fonte de suporte emocional e social para ela e sua família. A troca de experiências e a solidariedade entre os brasileiros que vivem no Japão contribuíram para que Fernanda se sentisse mais conectada e inserida na comunidade expatriada.

Impacto nas redes sociais e compartilhamento de experiências

Por meio de suas redes sociais e de um canal no YouTube, Fernanda compartilha suas experiências de viver no Japão e da maternidade em meio a uma cultura diferente. Ela atrai a atenção dos seguidores ao compartilhar curiosidades sobre a vida no país asiático e os desafios de ser mãe em um ambiente estrangeiro.

O compartilhamento de suas experiências nas redes sociais tem sido uma forma de se conectar com outras mães brasileiras que vivem no Japão e de oferecer apoio e orientação para quem está passando pela mesma situação. Fernanda se tornou uma fonte de inspiração e referência para muitas pessoas que buscam informações sobre a vida no Japão e a maternidade em um contexto cultural diferente do brasileiro.

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