Gorgonzola e gravidez: qual é o problema de comer?

Na gravidez, a escolha cuidadosa dos alimentos é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê. Além das precauções conhecidas, como evitar carnes cruas e ultraprocessados, é crucial atentar-se aos tipos de queijos consumidos. O gorgonzola, por exemplo, não pasteurizado, apresenta riscos devido à possível presença da bactéria Listeria monocytogenes.

Abordaremos a importância da pasteurização, os impactos da listeriose na saúde materna e fetal, além de fornecer orientações práticas para a escolha segura de queijos durante a gravidez, destacando tipos a serem evitados.

Na gestação, a escolha cuidadosa dos alimentos é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê.
Gorgonzola (FreePik/Reprodução)

Os cuidados essenciais com queijos na gravidez

A alimentação durante a gestação é um tema crucial, e é comum as mães se preocuparem com o que ingerem para garantir o desenvolvimento saudável do bebê. Além das clássicas restrições, como carnes cruas e ultraprocessados, há queijos que merecem atenção especial. Entre eles, o gorgonzola destaca-se como um queijo não pasteurizado, trazendo potenciais riscos para mãe e filho.

A importância da pasteurização

A nutricionista especialista em gestantes, Natalia Barros, alerta que queijos não pasteurizados, também conhecidos como queijos de leite cru, são feitos a partir de leite não submetido ao processo de pasteurização. Este último, um método de aquecimento controlado, é vital para eliminar bactérias nocivas no leite, tornando-o seguro para o consumo humano.

Natalia enfatiza que evitar todos os queijos não pasteurizados é crucial durante a gravidez, pois estes podem conter bactérias prejudiciais, como a Listeria monocytogenes, associada à listeriose. Esta condição, em casos graves, pode resultar em aborto espontâneo, parto prematuro ou feto natimorto.

Impactos na saúde materna e fetal

Luitgard Lima, nutricionista especialista em obstetrícia, destaca que a listeriose pode manifestar sintomas leves, semelhantes a uma gripe, ou apresentar-se de forma mais intensa, com calafrios, febre e dores musculares. Os riscos são significativos, indo desde complicações no parto até deficiência mental e paralisia cerebral na criança.

A especialista alerta que, nos recém-nascidos, os sintomas podem surgir logo após o nascimento ou se manifestar semanas mais tarde, causando meningite e sepse. É um cenário preocupante que reforça a necessidade de cuidados rigorosos com a alimentação durante a gestação.

Escolhendo com segurança

Luitgard Lima aconselha as gestantes a investigar a procedência do leite utilizado na fabricação dos queijos antes da compra. Optar por queijos rotulados é fundamental, pois as informações essenciais sobre o processo de fabricação estão disponíveis nos rótulos. Essa prática simples pode ser a diferença na prevenção de potenciais riscos.

Queijos a serem evitados

Além do gorgonzola, outros queijos não são aconselhados durante a gravidez. Evite queijos moles, com mofo branco, e queijos “azuis”, identificados pela presença de fungos. Entre os que devem ser excluídos da dieta gestacional, destacam-se:

  • Brie;
  • Camembert;
  • Feta;
  • Roquefort;
  • Queijo de cabra;
  • Queijo de ovelha;
  • Queijo minas artesanal.

Garantir uma alimentação segura durante a gestação é fundamental para o bem-estar da mãe e do bebê. A atenção aos tipos de queijos consumidos torna-se crucial, especialmente diante dos riscos associados aos queijos não pasteurizados. Ao seguir orientações simples, como a verificação dos rótulos e a escolha consciente dos produtos, as gestantes podem proteger a saúde de seus filhos e desfrutar de uma gravidez mais tranquila.

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