Fique de olho! Como saber se seu filho tem leucemia ainda na infância

Desvendando a leucemia infantil: compreenda os tipos, sintomas e desafios da jornada contra o câncer mais prevalente em crianças.

A leucemia, embora rara na infância, destaca-se como o câncer mais prevalente em crianças, constituindo 28% dos casos oncológicos pediátricos. Esta realidade alarmante revela a importância de compreendermos não apenas a incidência, mas também os aspectos cruciais relacionados a esse tipo de câncer em crianças.

Desvendando a leucemia infantil: compreenda os tipos, sintomas e desafios da jornada contra o câncer mais prevalente em crianças.
Leucemia (Pixabay/Reprodução)

Tipos de Leucemia

A classificação da leucemia em aguda ou crônica é determinada pelo estágio de desenvolvimento das células afetadas, cuja origem reside nas células-tronco medulares. Leucemias agudas, representando cerca de 97% dos casos na infância, caracterizam-se por células imaturas e sem função específica, evoluindo rapidamente. Já as leucemias crônicas, menos comuns, envolvem células mais maduras, produzidas em excesso.

A classificação em linfoide ou mieloide, por sua vez, destaca o tipo de célula sanguínea afetada. Essa distinção é crucial para orientar o diagnóstico e tratamento, proporcionando uma compreensão mais precisa do quadro clínico.

Tipos comuns em crianças

A predominância da doença em crianças inclui a Leucemia Linfoide Aguda (LLA), representando 75-80% dos casos, seguida pela Leucemia Mieloide Aguda (LMA) com 15-20%, e a Leucemia Mieloide Crônica (LMC) com 2-5%. Esses números não apenas refletem a diversidade do espectro leucêmico, mas também direcionam os esforços de pesquisa e tratamento.

Sintomas e sinais de alerta

Identificar precocemente da doença em crianças é desafiador devido à ausência de exames específicos para diagnóstico precoce. A maioria das crianças, aproximadamente dois terços, apresenta sintomas inespecíficos, como dor nos ossos, fadiga, tontura, palidez, febre, infecções persistentes, hematomas, sangramentos, inchaço abdominal, perda de apetite, nódulos, dores de cabeça, vômitos e dificuldade para respirar.

A necessidade de estar alerta a esses sinais torna-se imperativa, uma vez que sintomas aparentemente comuns podem ser indícios cruciais de leucemia, demandando acompanhamento médico rigoroso e investigação mais aprofundada.

Diagnóstico: a jornada para a confirmação

O diagnóstico da leucemia em crianças inicia-se após a suspeita levantada pelos sintomas. Ao procurar um pediatra, exames físicos são realizados, sendo fundamentais para entender o quadro clínico. No segundo estágio da investigação, amostras de sangue e da medula óssea são essenciais para confirmar o diagnóstico. Hemograma e mielograma, exames simples mas cruciais, permitem analisar a contagem de células sanguíneas e avaliar a condição da medula óssea.

A análise de sangue, indicando alterações na contagem de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, levanta suspeitas adicionais, porém, a confirmação exige a análise laboratorial de amostras da medula óssea. A confirmação da doença, se ocorrer, direciona a criança para o cuidado especializado de um oncologista pediátrico.

Enfrentando a doença de frente

O tratamento da leucemia em crianças é uma jornada personalizada, ajustada conforme o tipo e estágio específicos da doença. A quimioterapia, administrada de diversas formas, é o pilar central, sendo oral, intravenosa, intramuscular ou intratecal, conforme o protocolo estabelecido.

No caso da Leucemia Mieloide Crônica (LMC), o tratamento frequentemente envolve inibidores da tirosina quinase, que atuam impedindo a multiplicação de células malignas específicas sem afetar as saudáveis. Tratamentos mais invasivos, como transplante de células-tronco e radioterapia, são reservados para casos específicos e representam uma abordagem mais assertiva em situações particulares.

Cura e desafios da jornada

A criança submetida ao tratamento enfrenta não apenas os efeitos colaterais dos medicamentos, mas também a necessidade de frequentes internações para a administração das medicações. O suporte psicossocial torna-se essencial, proporcionando não apenas assistência ao paciente, mas também orientação e apoio à família, que se vê diante de uma realidade desafiadora.

A incerteza sobre o prognóstico e a complexidade do tratamento podem gerar ansiedade e estresse emocional, tanto na criança quanto nos familiares. O acompanhamento médico especializado é crucial para mitigar esses impactos psicológicos, oferecendo suporte não apenas ao corpo, mas também à mente durante a jornada contra a leucemia.

Em síntese, a jornada de uma criança com leucemia é complexa, demandando não apenas tratamento médico avançado, mas também suporte emocional, social e educacional. Enquanto os avanços científicos continuam a aprimorar os protocolos de tratamento, a compreensão e apoio da sociedade são peças-chave para garantir que essas crianças possam superar os desafios e seguir em direção a um futuro saudável.

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