Atenção! Veja sintomas da bactéria causadora da escarlatina, perigosa para os bebês

Cidades mineiras estão em alerta devido à morte de três crianças, ocorrida em um intervalo de apenas um mês, por conta de uma bactéria. Confira!

As autoridades estão investigando as causas das mortes e de internações adicionais de crianças na região. Uma das suspeitas é a infecção pela bactéria estreptococos do grupo A, conhecida por causar a escarlatina, uma doença caracterizada por manchas avermelhadas na pele e uma língua com aspecto semelhante ao de uma framboesa.

Cidades mineiras estão em alerta devido à morte de três crianças, ocorrida em um intervalo de apenas um mês, por conta de uma bactéria. Confira!
Banho (Pxhere/Reprodução)

Amostras da doença 

Segundo a Fundação Ezequiel Dias, ligada à Secretaria de Saúde de Minas Gerais, as amostras relacionadas aos casos em São João Del Rey continuam sob análise para complementar as investigações epidemiológicas, tanto em laboratórios estaduais quanto no município. 

Diante da situação, as prefeituras de São João Del Rey, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Ritápolis e Conceição da Barra de Minas suspenderam as aulas como medida preventiva. A Prefeitura de Felício dos Santos, situada a 370 quilômetros ao norte de Belo Horizonte, também notificou a Secretaria de Saúde do estado sobre um surto de escarlatina na cidade e tomou medidas semelhantes, suspendendo as aulas.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, no entanto, afirmou que “não recomenda o fechamento de escolas” com base na falta de critérios que comprovem um surto ou risco à saúde da população, juntamente com a ausência de evidências epidemiológicas que justifiquem a alteração na rotina das atividades da população.

O que é a bactéria estreptococos do grupo A?

A bactéria estreptococos do grupo A, também conhecida como Streptococcus pyogenes, é comum em seres humanos, sendo encontrada em todo o mundo. Muitas pessoas carregam essa bactéria sem apresentar sintomas. 

Contudo, em alguns casos, pode causar infecções na garganta ou na pele. Além disso, está associada à escarlatina, uma doença infecciosa caracterizada por febre e erupções cutâneas vermelhas. Em raras ocasiões, essa bactéria pode causar infecção invasiva, conhecida como iGAS.

A infectologista Luana Araújo explicou que a bactéria estreptococos do grupo A geralmente causa quadros leves a moderados em crianças, dependendo de onde a infecção se desenvolve. Se a infecção afeta a garganta, pode levar a uma amigdalite bacteriana. Caso ocorra na faringe, pode resultar em faringite bacteriana.

Sintomas e evolução da infecção

Quando uma criança é infectada por essa bactéria, os sintomas podem incluir dificuldade para engolir, dor local, febre, prostração e lesões na pele. Nos casos de faringite estreptocócica, que afeta principalmente crianças de 5 a 15 anos, pode haver evolução para a escarlatina. 

Nesse cenário, além dos sintomas locais, a criança apresenta pele vermelha e áspera e a língua com uma aparência semelhante à de uma framboesa. A maioria dos pacientes se recupera bem com tratamento adequado.

No entanto, em casos raros, dependendo da imunidade da pessoa e da virulência da bactéria, a infecção pode evoluir para um quadro mais agressivo. A bactéria pode invadir a corrente sanguínea e causar lesões em outros órgãos, como rins e cérebro, podendo levar à síndrome do choque tóxico, um quadro gravíssimo que pode resultar em óbito.

Transmissão e medidas de prevenção

A bactéria estreptococos do grupo A está presente na saliva e no muco nasal e pode ser transmitida por gotículas ao espirrar, tossir e falar, bem como ao compartilhar objetos como copos e talheres com uma pessoa infectada. As medidas de prevenção recomendadas incluem evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, o uso de máscaras, a higienização frequente das mãos e superfícies, e a manutenção do distanciamento social.

O que fazer em caso de suspeita de infecção?

A infectologista ressalta que crianças com suspeita de infecção pela bactéria estreptococos do grupo A não devem frequentar a escola e precisam ficar em isolamento. Após avaliação médica, pode ser recomendado o uso de antibióticos. No entanto, é importante evitar o uso de antibióticos como medida profilática, pois isso pode causar mais danos do que benefícios. Sempre consulte um médico para obter orientações adequadas.

Entenda melhor sobre o caso no vídeo abaixo:

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