Maternidade ainda é justificativa para desigualdade social; entenda

Estudo revela desigualdade envolvendo a maternidade em contraste com as jovens que moram em Nova York.

O Dia das Mães é uma data significativa para muitas mulheres, e um desejo comum é a igualdade salarial no mercado de trabalho. Recentemente, um estudo realizado em Nova York revelou que mulheres jovens, com até 26 anos, estão ganhando salários equiparados aos seus colegas masculinos em posições semelhantes. No entanto, a mesma pesquisa destacou que a maternidade ainda é justificativa para desigualdade.

Estudo revela desigualdade envolvendo a maternidade em contraste com as jovens que moram em Nova York.
Maternidade (Pxhere/Reprodução)

Sobre a pesquisa 

Uma pesquisa conduzida pela Catalyst, uma empresa com 60 anos de experiência na busca por equidade no mercado de trabalho, questionou as mães sobre o que desejariam receber dos empregadores no Dia das Mães, e a resposta mais frequente foi “equal pay” (pagamento igual). 

A maternidade continua sendo um fator que influencia na disparidade salarial, levando algumas mulheres a adiar a decisão de ter filhos para buscar crescimento em suas carreiras e salários mais elevados.

Mães no mercado de trabalho 

As empresas têm o potencial de tornar o ambiente de trabalho mais acolhedor para as mães, por meio de políticas que abordam a igualdade salarial, segurança financeira em casos de dispensa, flexibilidade no trabalho e opções para cuidados infantis, como berçários, creches e ajuda de custo para contratação de auxiliares para as mães trabalhadoras.

A pandemia também desempenhou um papel relevante na equação evolvendo a maternidade, com pesquisas indicando que uma em cada três mulheres com filhos na primeira infância considerou a possibilidade de diminuir a carga profissional ou até mesmo pedir demissão.

Essas mulheres representam quase metade da força de trabalho no mercado profissional brasileiro, e a decisão de dar um “downgrade” em suas carreiras pode ter um impacto significativo nos resultados financeiros das empresas.

Maternidade e o desejo de crescer profissionalmente 

De acordo com dados da McKinsey, mães são o grupo que mais deseja crescer profissionalmente, com 75% delas expressando o desejo de promoção, em comparação com 70% das mulheres em geral. Além disso, 35% das mães almejam se tornar executivas de alto nível, em contraste com 31% das mulheres sem filhos. 

O desejo de se tornar gestora também é maior na maternidade, com 60% das mulheres compartilhando essa aspiração, em comparação com 54% das mulheres que não têm filhos.

Por que contratar mulheres que são mães? 

A contratação de mães pode proporcionar benefícios significativos para as empresas, contribuindo para a diversidade e trazendo perspectivas inovadoras. Além disso, as mães demonstram um forte desejo de crescimento profissional e liderança, tornando-as um grupo valioso de colaboradoras.

A maternidade é uma experiência que pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades de liderança e engajamento profissional. Mães precisam constantemente exercitar habilidades como pensamento analítico, resolução de problemas, pensamento crítico, criatividade, raciocínio lógico, inteligência emocional, persuasão e negociação, devido às decisões que precisam tomar e às complexidades da maternidade.

Em resumo, a busca pela igualdade salarial é um desejo frequente entre as mulheres no Dia das Mães, e um estudo revelou a disparidade entre mulheres jovens em Nova York e mães. Políticas de equidade salarial, segurança financeira, flexibilidade no trabalho e cuidados infantis podem melhorar o ambiente de trabalho para as mães. 

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