1 verdade e 5 mentiras que todos te contam sobre crianças com T21

Pode-se dizer que não é somente na internet que circulam mitos sobre crianças com T21.

Pessoas com essa condição genética, também conhecida como trissomia do cromossomo 21, sofrem o tempo todo com a falta de informação que circula na sociedade.

Saiba o que é verdade e o que é mentira sobre os portadores da Síndrome de Down (T21). - Imagem: Pixabay
Saiba o que é verdade e o que é mentira sobre os portadores da Síndrome de Down (T21). – Imagem: Pixabay

Verdadeiro ou Falso sobre os mitos que dizem por aí.

1. Pessoas com síndrome de Down (T21) são sempre alegres e felizes.

Falso. Dentre os muitos boatos sobre crianças com T21, essa é uma crença que coloca todas as pessoas com essa deficiência como “anjos”, ou “pessoas especiais”, que, na verdade, não o são.

Assim como qualquer outra pessoa, elas têm emoções e sentimentos que variam conforme a personalidade, com o ambiente em que estão inseridas e também com os eventos que lhe acontecem.

De modo geral, pessoas com comprometimento mental são mais espontâneas, pois apresentam maior dificuldade de regular e controlar suas emoções. Elas são mais honestas e transparentes no que diz respeito aos seus sentimentos.

2. A síndrome de Down é hereditária.

Falso. Seguindo no esclarecimento de mitos sobre as crianças T21, existem três formas de apresentação de um quadro de trissomia do cromossomo 21. São elas: “livre”, “translocação” e “mosaicismo”.

Na sua maioria, a trissomia do cromossomo 21 ocorre de forma “livre” (95% dos casos), que é quando ocorre um erro na duplicação do DNA e o organismo copia um gene a mais no par de número 21.

Porém, quando ocorre a translocação (de 3 a 4% dos casos), a pessoa pode ter herdado do pai ou da mãe uma característica curiosa: trata-se de um cromossomo com uma “perna” mais comprida.
Essa “perna”, por ser maior, acaba encostando no par 21 e fazendo a leitura de 3 cromossomos nesta casa.

No entanto, esse “rearranjo genético” pode acontecer também de forma espontânea, ou seja: os pais não terem essa característica e a criança desenvolvê-la no momento da duplicação celular embrionária.

3. Crianças com síndrome de Down devem frequentar escolas especiais.

Falso. Ainda que apresentem deficiência intelectual em níveis variados (algumas não têm deficiência intelectual e outras a tem de forma mais acentuada), isto não é um impeditivo para que a criança frequente a escola regular.

Aprender a partir da observação do fazer do outro, é uma grande fonte de aprendizado para que as crianças com deficiência possam aprender a viver em sociedade.

4. Pessoas com a síndrome de Down sempre tem a mesma aparência.

Falso. Embora exista uma série de características físicas que ajudem no diagnóstico, toda pessoa é única.

Como é comum acontecer na maioria das síndromes, o conjunto de características que a compõe não é presente em todas as pessoas com àquela condição genética. Ainda que algumas características físicas possam ser mais presentes do que outras, as crianças T21 são muito diferentes entre si, e carregam características físicas de sua família biológica.

5.  A expectativa de vida das pessoas com síndrome de Down é muito curta.

Falso. Essa informação já foi verdadeira, mas não é mais.

O que acontece é que 50% das pessoas com T21 tem algum problema cardíaco e todas tem baixa imunidade.

Porém, com o avanço da medicina, o surgimento de novos exames de imagem e o aprimoramento das cirurgias do coração, essas pessoas hoje têm uma expectativa de vida muito semelhante à população típica.

6. Síndrome de Down não tem grau.

Verdadeiro. Não existe nenhum tipo de classificação para determinar se esta ou aquela criança tem mais ou menos características relacionadas à síndrome de Down.

Essa é uma classificação impossível de ser feita, pois esta condição genética se manifesta de maneira diferente em cada pessoa.

Por isso, não é possível classificar como “mais Down” ou “menos Down”.

Curiosidade da síndrome de Down

Devido às alterações genéticas, crianças que nascem com síndrome de Down têm maior propensão a desenvolver algumas doenças, como a deficiência na audição, que afeta de 80% a 90% delas, além de um risco entre dez e vinte vezes maior de desenvolver leucemia, especialmente nos cinco primeiros anos de idade.

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